quinta-feira, 21 de outubro de 2010

É engraçado como à força nos querem tornar conformistas dizendo que assim que entrarmos no mundo do trabalho esquecemos tudo o que interiorizarmos, de que vamos ser mais uma peça do sistema, mais uma máquina disfarçada com a mania que continuamos a viver bem e mentalizarmos isso. Todos os dias despejam pra cima de nós aquilo que é "correcto" que nos ensinam desde pequenos.

Por vezes sinto um aperto ao tentar agir bem por ter demasiado interiorizada a definição anterior que cresceu comigo, e que se torna podrefacta a cada momento. Aprendi a pensar por mim, e que mesmo entrando em pânico a cada segundo procuro sempre ver a realidade das coisas muito para além do que está conformizado na sociedade, a maneira de como nos lavam os olhos, de como tentam abafar dizendo que o que eu penso é errado, que nunca se irá cumprir, que nunca encontrarei uma alternativa às escolhas pré-definidas... que viverei no conformismo até ao fim.

Por muito que ainda tenha velhos conceitos na cabeça, tento ao máximo interiorizar alternativas positivas mostrar que é possível ser-se "normal" e agir "normal" sem necessitar viver de acordo com os parâmetros sociais estabelecidos.

Estou farto do conceito de mudança na vida adulta, do facto de chegar a uma certa idade e mudar... porque raio temos de ser como dizem? Se me apetece encontrar o meu caminho, a minha solução, só eu saberei e aprenderei a estar bem comigo mesmo. É muito confortável ser-se conformista, mas mesmo não tendo paz é preferível de "vez em quando" olhar em redor e pensar que o egocentrismo é uma coisa feia de se ter e que há algo para além das coisas diárias.

A chave é fazer um esforço, e combater a enchente de lixo que nos mandam todos os dias.

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