domingo, 24 de janeiro de 2010

Pensas assim?

Estou farto da merda que me rodeia... não, não são os meus amigos, não todos... Começo a achar tudo muito fútil (a juntar ao extremamente fútil que achava), toda a gente é demasiado igual...

Vejo aqueles clones a sair do metro todas de igual com a sua botinha de montanha, e a sua "encharpe" rôxa ao pescoço pra não falar daquele cabelinho volumoso, e das longas e longas conversas com os célebres "amooo-tee" ou "não te esqueças de miiiiimm"... ou ainda "dedicada a ti".... esquecem-se que vão acabar "engolidas" pela sociedade, onde elas já são conformistas.

Vejo aquelas pessoas que por onde quer que passes olham pra ti só porque pensas de maneira diferente, ou ages e vestes-te de maneira diferente como se fosses uma aberração, que num supermercado abanam a cabeça em jeito de "coitado, deus lhe perdoe"... Pois bem, deus (ou Deus p'ros crentes) não me vai perdoar porque, para juntar mais uma acha à fogueira, não acredito nele e a fantuchada que se segue é da inteira responsabilidade de um povo que mesmo em certos aspectos é característico, noutros enoja, principalmente nas grandes cidades, que hoje em dia são o cúmulo. Um povo que não pensa por si, que critica mas que depois arrasta-se sobre algo que criticou porque precisa de ajuda pra algo, um povo que consome em "excesso excessivamente excedente" em que o passeio preferido do papá, da mamã e filhote é centro comercial onde rumam todas as semanas para apreciarem o movimento dos restantes traseuntes.

Estou farto daqueles que fazem algo porque é "bué fixe", porque se querem inserir num grupo, e que depois vêm com teorias da Amnistia internacional em trabalhos da escola como se fossem um grande exemplo a seguir que no preciso momento seguinte já estão a correr pelos fundos da sala a dizerem que anda um bicho qualquer no ar e que querem-no matar, ou então que gozam com todos os outros que são exemplos e que têm mentalidade aberta.

Estou farto de etiquetas à minha pessoa e aos demais... mesmo que seja por gozo por vezes chateia. Às vezes sinto-me sem pé, como se onde eu fosse algo estranho, pessoas estranhas que p'ra eles tu és uma etiqueta onde está escrito o que te vêem na aparência e tudo o que não vêem e não tens.

Acho mais verdadeiro quando há demonstração de afecto directa do que essas merdas de comentários ou de aparências que correm esses hi5's e outras redes sociais... e até mesmo na vida real!

Acho tão genuíno quando a minha avó diz o seu "bardamerda!!" que se está a cagar para o que os outros são, e que, pessoas com a mesma idade que ela discutem por causa da porcaria de um lugar no autocarro para Algés como se fossem animais... há aqueles que querem ser tratados como pessoas activas, mesmo sendo as ditas "reformadas" ou "pensionistas", com o seu saber característico, e as que serem animais pestilentos que se arrastam por causa da merda do lugar para irem a Algés durante 50 minutos a contarem a vida de outrem sem justa causa.
Ainda bem que ninguém é perfeito, e felizmente dou-me com as pessoas mais imperfeitas do mundo, ou quase mais imperfeitas... pois essas (a maioria) são aquelas que são elas próprias e que não vêm com histórias de que são elas próprias porque lhes apeteceu fazer isto ou aquilo como se fossem algo muito à frente num bando de clones...
Aqueles que te sorriem minimamente, que se lembram de te pôr à vontade, que até podem ter influências dos outros, mas que fazem as coisas à sua maneira e que não levam para um modo dito dramático. Que querem ser livres, ou que julgam que o são, e que sonham com o que querem ser, que ambicionem algo saudável, que façam a merda, que façam o bem, mas que são eles!

Não estou a fazer uma crítica.... quem sou eu para julgar os outros?? Estou a constatar factos da mole humana que se atravessa no meu caminho. Eu próprio sou quase assim, ou não... depende do dia... Não gosto de criticar porque eu acho que está mal como se eu fosse um grande exemplo, vejo é que as pessoas querem dar exemplos e demonstrar algo que não são...

Restam as verdadeiras que se expressam sobre o que elas são mesmo, que estão "aprisionadas" num sistema burocrático, que querem ter a vida delas, que querem "dar e receber ternuras".

Continuem a ser vocês mesmos que são uns trombudos, uns antimpáticos, uns "bacanos", uns engraçados, uns cómicos, uns lixados, uns tudo.... mas que sejam vocês mesmos, porque cada um de nós não somos exemplo, mas se formos um todo, somos mais que um exemplo, somos algo concreto.


PS: haa e não te esqueças de comentar o meu hi5 e as minhas fotos... (ironia)

3 comentários:

  1. Eu própria às vezes sinto-me a mudar... as vezes mudanças muito drásticas, mas não deixo de ser eu porque são mudanças que acontecem com o meu desenvolvimento e não mudanças devidas a querer fazer parte de algo.
    O redor influencia-nos, verdade.
    Mas este ano aprendi a estar sozinha, ainda estou a aprender...

    Mas yah há situações que conseguem ser mesmo chatas, especialmente as discussões dos velhos e as conversas fúteis. No outro dia vinha bué em paz, tinha passado a noite com uns amigos, sentei-me no autocarro e iam duas mulheres ao meu lado que passaram o tempo todo a falar de roupa e sapatos e dos gostos dos outros... entrou no autocarro uma senhora com algumas dificuldades em andar e notava-se que estava cansada e nenhuma dessas mulheres foi capaz de dar o lugar. Levantei-me, toquei no ombro da senhora e disse-lhe que se podia sentar, ela agradeceu-me e sorriu. Nada melhor.

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  2. Sabess bem @

    - concordo ctg senhor bruno, mas nao me parece que haja alguma coisa a fazer para dsligar as fotocopiadoras. a sociedade torna as pessoas ignorantes, pensa por elas, diz-lhes o que elas devem ouvir e forma as suas mentalidades conforme o que querem fazer da populaçao é quase como a opressao de uma igreja ou de uma ditadura a diferença é que aqui é o povo que nao quer saber, querem mesmo ser futeis e quem somos nós para tirar quem quer que seja desse rebanho :/

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  3. Meu irmão, é a sociedade! É a merda de sociedade em que vivemos...

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