quinta-feira, 21 de outubro de 2010

É engraçado como à força nos querem tornar conformistas dizendo que assim que entrarmos no mundo do trabalho esquecemos tudo o que interiorizarmos, de que vamos ser mais uma peça do sistema, mais uma máquina disfarçada com a mania que continuamos a viver bem e mentalizarmos isso. Todos os dias despejam pra cima de nós aquilo que é "correcto" que nos ensinam desde pequenos.

Por vezes sinto um aperto ao tentar agir bem por ter demasiado interiorizada a definição anterior que cresceu comigo, e que se torna podrefacta a cada momento. Aprendi a pensar por mim, e que mesmo entrando em pânico a cada segundo procuro sempre ver a realidade das coisas muito para além do que está conformizado na sociedade, a maneira de como nos lavam os olhos, de como tentam abafar dizendo que o que eu penso é errado, que nunca se irá cumprir, que nunca encontrarei uma alternativa às escolhas pré-definidas... que viverei no conformismo até ao fim.

Por muito que ainda tenha velhos conceitos na cabeça, tento ao máximo interiorizar alternativas positivas mostrar que é possível ser-se "normal" e agir "normal" sem necessitar viver de acordo com os parâmetros sociais estabelecidos.

Estou farto do conceito de mudança na vida adulta, do facto de chegar a uma certa idade e mudar... porque raio temos de ser como dizem? Se me apetece encontrar o meu caminho, a minha solução, só eu saberei e aprenderei a estar bem comigo mesmo. É muito confortável ser-se conformista, mas mesmo não tendo paz é preferível de "vez em quando" olhar em redor e pensar que o egocentrismo é uma coisa feia de se ter e que há algo para além das coisas diárias.

A chave é fazer um esforço, e combater a enchente de lixo que nos mandam todos os dias.

domingo, 15 de agosto de 2010

12/8/2010



Aproveitando as raríssimas borlas dos comboios, lá fui eu tirar umas fotos.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Sem passe não se faz nada...

terça-feira, 20 de julho de 2010

Corredores... o lado saudosista e alegre.

Surpreenda-se as memórias com outras histórias, talvez ressequidas... meio esquecidas. Os sorrisos eternos, as posições acrobáticas, a dormência diária e as luzes simpáticas de um "poço" iluminado pela manhã.

As rotundas da vida, ou de períodos da vida permanecem ladeadas por um roxo cortado por azulejos de um ponto colorido diferente do resto.

São corredores que se cruzam...

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Xutos ou a história de uma marioneta das editoras?

Que é Xutos para mim actualmente... talvez um sinónimo de azeitisse.

O primeiro disco dos Xutos que ouvi vezes sem conta foi o "1978-1982" algures no verão de 2006. Tinha "descoberto" a banda por volta de 2004/2005 com o "Circo de Feras" que ouvi uns meses sem parar.
Mal comprei o "78-82" foi um fascínio composto de um punk rock de sons quentes com temas de tendência New Wave, mas que apesar de várias influências continha (e contém) uma letra poderosa, crúa, eficaz e directa! O som das guitarras, a bateria, o baixo, as estranhas percussões tropicais fazia daquele meu verão um verão quente, à maneira, cheio daquilo que eu queria ouvir, tudo contido em 14 temas.
Podia-se ouvir o Tim ainda a experimentar os vocais numa altura de mudança de vocalista e a dar uns toques no baixo que muito pouco se ouviu depois, podiá-se ver o Kalú como sempre enérgico na bateria e a dar os primeiros passos nos coros, podia-se ouvir um Zé Pedro com uma guitarra ritmo simples e directa com um som seco e ritmado, podia-se ouvir o Francis a dar uns melódicos solos que acompanhavam tudo o resto (sim, o João Cabeleira ainda estava ligeiramente distante). Bem, foi um verão representado num disco e que mais tarde passou para as primeiras idas ao secundário em Belém, no autocarro ida e volta a ouvir os mesmos temas durante quase 2 anos apenas intercalados por outros temas dos Xutos.
Comecei a conhecer o resto da discografia... o Remar Remar de 1984 com o single "Longa se Torna a Espera"- um tanto rock mas com grandes influências que eles tinham no início, longe de uns UHF que baloiçavam entre vários sub-géneros de rock e mesmo do pop. Neste single tinha tudo, era a imagem de Lisboa, de uma cidade cinzenta, de um rio invadido pelo nevoeiro, pela melancolia e raiva, de tudo - um hino do punk.

O Álbum "Cerco" mais calmo, com umas variante pop-rock, mas continha o obscuro "Cerco", o enérgico "Barcos Gregos" e o também obscuro "Vôo das Águias" num registo punk alusivo aos "ratos" da cidade, aqueles que nos vigiam cada passo. Neste álbum também é possível ouvir o "Homem do Leme" numa versão "rija" mas que mostrava a mudanças do que vinha aí...
Sempre me fez lembrar a cidade em si, a sombra, tudo o que de decrépito havia na sujidade, na Lisboa e no mundo da década de 80, as imagens das bandas, tudo o que corria em 85.

Depois também ouvia outros álbuns deles claramente Rock com saídas Punk, mas com algum pop à mistura como é o caso do "88" que contém a saturante "Casinha" e a chata "Para Ti Maria".

Cronologicamente ainda gostei de alguns dos restantes álbuns. Só a partir dos mais recentes já de 2000 é que se entendia o que eram os sinais em alguns dos álbuns anteriores.

A partir daqui, e que apercebi-me mais tarde, era uma banda que praticamente passou a ser mais uma daquelas bandas de grandes editoras que até têm motas com o nome da banda, cerveja, telemóveis... e por aí fora...

Então e os fãs de atitude do início?

Só sobraram os azeiteiros e patrióticos do tinto... que se pintam todos como se de alguma coisa de combate se tratasse e que no fim nem ideais de jeito têm... é Xis para aqui, é Xis para ali... sempre no mesmo.

Há dias no Rock in Rio lembrei-me de ver concerto na TV. Conclusão: "aissh espero que eles toquem alguma coisa de jeito"... Não... foram buscar a "Casinha", a "Maria", os "Contentores" e outras coisas que mesmo que até podem ser grandes temas perderam o valor porque alguns deles já nem transmitem o essencial, haa e ainda o mais recente álbum que é "um perfeito vazio" excepto uma música ou outra ao velho estilo deles... resumindo, foi um bocado ilusório.

E como sempre o fã vai do tótó que leva a bandeira deste país ao betinho que vai dar no cavalo e que vê xutos que é fixe.

Ainda hoje quando quero ouvir Xutos vou aos primeiros álbúns em que falam de TUDO.

Aqui está a minha opinião sobre mais uma marioneta doentia dessas grandes editoras.

domingo, 13 de junho de 2010

Concerto

10 de Junho: festa, movimento, gritos, coros, suor, movimento, olhares, sorrisos, palavras, euforia, êxtase, energia pura, expectativas, climax, ponto alto, dores, cansaço, falta de ar nos pulmões, de rastos... quero tudo novamente. Não saber depois onde estou, sentir a ligeira depressão no fim sem saber quem sou, mas voltar a querer mais e mais, pela música, pela energia, por alguém, por tudo.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Sinceramente... às vezes fico estupefacto com as pessoas... a guerra é bué fixe e mais fixe ainda é ser fuzileiro ou outra merda qualquer, porque é bué heróico sê-lo, vou morrer e ser reconhecido por todos como um herói que matou gente em nome de interesses e depois ser esquecido... ou... vou-me divertir como se fosse um jogo: mato e morro, mas não faz mal, depois tenho uma vida nova e volto a jogar. E ha quem ainda me diga "He pah deixa tar, qual é a cena? É a vida deles"... Yap, é verdade.Só que apenas é a minha opinião e às vezes tento persuadir as pessoas desse "caminho", mas não...


É bue da fixe matar os outros e subir de nível...

2ºSer um pau mandado, e só porque se recebe uns trocos e fingir que se é superior aos outros.

3º Morrer.

Só tenho pena é dos coitados que lá andam porque quase não têm alternativas de emprego e vão pra lá só p'ra se sustentarem.



"Ohh é tão lindo ver os desfiles do Colégio Militar!"

Cambada de robots...

Como eu gosto de pensar no que penso...

terça-feira, 4 de maio de 2010

Azul

Já tentaste seguir-me? Não parece que tal tenha acontecido. Cruzo vários olhos, cada vez mais e mais olhos, fixam a atenção em mim momentaneamente e voltam a desaparecer. É irritante olharem tantas vezes sem resposta, sem um gesto decente capaz de ser identificado com sentido.
Os teus olhares fixos são estranhos, em que o azul fixa-se numa direcção, mas depois segue noutra direcção, e volta a fixar no mesmo alvo.
Não sigo esse azul com facilidade e moleza. Tens um azul marinho que penetra em ti como se tivesses sido invadida por um oceano de coisas diferentes e estranhas... não as revelas, não fazes delas algo que mostres a alguem como eu. É o azul, o azul que embebe no fim de ti, das íris dos teus olhos que me fascina como a maioria das cores, apenas o lado estético e mais nada.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

El Verano




Anteontem de manhã fui à janela e vi isto... parecia que o Verão estava para começar, mas não: Chuva & Tornados Lda.

Gosto do tempo assim com este sol tosco.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Peste & Sida

Apresento-vos:




Tema da banda punk Peste & Sida. Este tema saíu no primeiro albúm da banda: "Veneno" de 1987, faz parte do meu leque de intrumentais favoritos, e que de certa forma a qualidade não é a melhor visto ser gravação de um vinil...

Um tema bem elaborado, mas infelizmente pequeno demais na minha opinião. Os Peste nesta altura eram: João San Payo no baixo e vocais, Luís Varatojo na guitarra ritmo, João Pedro Almendra nos vocais, Orlando Cohen na guitarra solo e Fernando Raposo na bateria.