quinta-feira, 24 de junho de 2010

Xutos ou a história de uma marioneta das editoras?

Que é Xutos para mim actualmente... talvez um sinónimo de azeitisse.

O primeiro disco dos Xutos que ouvi vezes sem conta foi o "1978-1982" algures no verão de 2006. Tinha "descoberto" a banda por volta de 2004/2005 com o "Circo de Feras" que ouvi uns meses sem parar.
Mal comprei o "78-82" foi um fascínio composto de um punk rock de sons quentes com temas de tendência New Wave, mas que apesar de várias influências continha (e contém) uma letra poderosa, crúa, eficaz e directa! O som das guitarras, a bateria, o baixo, as estranhas percussões tropicais fazia daquele meu verão um verão quente, à maneira, cheio daquilo que eu queria ouvir, tudo contido em 14 temas.
Podia-se ouvir o Tim ainda a experimentar os vocais numa altura de mudança de vocalista e a dar uns toques no baixo que muito pouco se ouviu depois, podiá-se ver o Kalú como sempre enérgico na bateria e a dar os primeiros passos nos coros, podia-se ouvir um Zé Pedro com uma guitarra ritmo simples e directa com um som seco e ritmado, podia-se ouvir o Francis a dar uns melódicos solos que acompanhavam tudo o resto (sim, o João Cabeleira ainda estava ligeiramente distante). Bem, foi um verão representado num disco e que mais tarde passou para as primeiras idas ao secundário em Belém, no autocarro ida e volta a ouvir os mesmos temas durante quase 2 anos apenas intercalados por outros temas dos Xutos.
Comecei a conhecer o resto da discografia... o Remar Remar de 1984 com o single "Longa se Torna a Espera"- um tanto rock mas com grandes influências que eles tinham no início, longe de uns UHF que baloiçavam entre vários sub-géneros de rock e mesmo do pop. Neste single tinha tudo, era a imagem de Lisboa, de uma cidade cinzenta, de um rio invadido pelo nevoeiro, pela melancolia e raiva, de tudo - um hino do punk.

O Álbum "Cerco" mais calmo, com umas variante pop-rock, mas continha o obscuro "Cerco", o enérgico "Barcos Gregos" e o também obscuro "Vôo das Águias" num registo punk alusivo aos "ratos" da cidade, aqueles que nos vigiam cada passo. Neste álbum também é possível ouvir o "Homem do Leme" numa versão "rija" mas que mostrava a mudanças do que vinha aí...
Sempre me fez lembrar a cidade em si, a sombra, tudo o que de decrépito havia na sujidade, na Lisboa e no mundo da década de 80, as imagens das bandas, tudo o que corria em 85.

Depois também ouvia outros álbuns deles claramente Rock com saídas Punk, mas com algum pop à mistura como é o caso do "88" que contém a saturante "Casinha" e a chata "Para Ti Maria".

Cronologicamente ainda gostei de alguns dos restantes álbuns. Só a partir dos mais recentes já de 2000 é que se entendia o que eram os sinais em alguns dos álbuns anteriores.

A partir daqui, e que apercebi-me mais tarde, era uma banda que praticamente passou a ser mais uma daquelas bandas de grandes editoras que até têm motas com o nome da banda, cerveja, telemóveis... e por aí fora...

Então e os fãs de atitude do início?

Só sobraram os azeiteiros e patrióticos do tinto... que se pintam todos como se de alguma coisa de combate se tratasse e que no fim nem ideais de jeito têm... é Xis para aqui, é Xis para ali... sempre no mesmo.

Há dias no Rock in Rio lembrei-me de ver concerto na TV. Conclusão: "aissh espero que eles toquem alguma coisa de jeito"... Não... foram buscar a "Casinha", a "Maria", os "Contentores" e outras coisas que mesmo que até podem ser grandes temas perderam o valor porque alguns deles já nem transmitem o essencial, haa e ainda o mais recente álbum que é "um perfeito vazio" excepto uma música ou outra ao velho estilo deles... resumindo, foi um bocado ilusório.

E como sempre o fã vai do tótó que leva a bandeira deste país ao betinho que vai dar no cavalo e que vê xutos que é fixe.

Ainda hoje quando quero ouvir Xutos vou aos primeiros álbúns em que falam de TUDO.

Aqui está a minha opinião sobre mais uma marioneta doentia dessas grandes editoras.

domingo, 13 de junho de 2010

Concerto

10 de Junho: festa, movimento, gritos, coros, suor, movimento, olhares, sorrisos, palavras, euforia, êxtase, energia pura, expectativas, climax, ponto alto, dores, cansaço, falta de ar nos pulmões, de rastos... quero tudo novamente. Não saber depois onde estou, sentir a ligeira depressão no fim sem saber quem sou, mas voltar a querer mais e mais, pela música, pela energia, por alguém, por tudo.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Sinceramente... às vezes fico estupefacto com as pessoas... a guerra é bué fixe e mais fixe ainda é ser fuzileiro ou outra merda qualquer, porque é bué heróico sê-lo, vou morrer e ser reconhecido por todos como um herói que matou gente em nome de interesses e depois ser esquecido... ou... vou-me divertir como se fosse um jogo: mato e morro, mas não faz mal, depois tenho uma vida nova e volto a jogar. E ha quem ainda me diga "He pah deixa tar, qual é a cena? É a vida deles"... Yap, é verdade.Só que apenas é a minha opinião e às vezes tento persuadir as pessoas desse "caminho", mas não...


É bue da fixe matar os outros e subir de nível...

2ºSer um pau mandado, e só porque se recebe uns trocos e fingir que se é superior aos outros.

3º Morrer.

Só tenho pena é dos coitados que lá andam porque quase não têm alternativas de emprego e vão pra lá só p'ra se sustentarem.



"Ohh é tão lindo ver os desfiles do Colégio Militar!"

Cambada de robots...

Como eu gosto de pensar no que penso...