A propósito do que escrevi há uns tempos sobre a António Arroio, hoje volto a escrever... as memórias estão lá, tiveram fim no verão do ano passado... hoje olhei para os meus ténis e calças e lembrei-me que mais ou menos aquela roupa, em particular os ténis tinha estado comigo no Verão quando visitei a António Arroio para me matricular no 11º ano. Nessa altura já o edifício estava parcialmente fechado. Estou farto dos contentores, ultimamente têm algumas coisas interessantes como a sala de desenho ou a sala de alunos, mas nada de mais... Começa a irritar um pouco, estou farto das desculpas dos professores com o "é do programa..." para justificar determinada matéria que às vezes nem tem nexo ser dada. De resto até me sinto relativamente bem com os meus amigos e amigas, continua sempre a boa disposição do costume nada de novo a acrescentar, em relação a isso...
Não faço disto um diário, porque isto é muito mais que isso, tem muito mais objectivos apesar de eu gostar dos pequenos pormenores.
Outro ponto interessante foi a velha e raquítica história de escrever cartas de amor para outrém desconhecido e sem nexo diga-se... Por acaso estava inspirado digamos, mas nada de especial que as atracções são vulgares e insignificantes... tal como o dia dos namorados, algo extremamente consumista e reles.
Apetece-me férias literalmente, aliás, desespero mais pelo fim de semana, que é extremamente ambicionado! Estou deserto para poder descansar e dormir sem que tenha de me preocupar com aquela coisa chamada escola a que eu chamaria "emprego" pelas 8 horas diárias que lá passo, excepto alguns dias (um ou dois). Digamos que estou frito, que já não suporto a ideia de ter de assimilar coisas que não vão contribuir muito para a minha cultura geral, visto que algum tempo depois elas trespassam o meu imaginário e desaparecem nos confins da minha cabeça. Estou farto de palhaços que nem curso devem ter e que foram escolhidos a dedo para me tornar mais culto... aliás, tornar-me um robot da sociedade podrefacta, cheia de gente faminta de competição gananciosa e pouco saudável. E ainda nos tratam como se fôssemos crianças... será porque a turma se porta mal? Não acredito nisso, a turma porta-se mal, mas não é em vão e haverá sempre um motivo para tal, neste caso a saturação cerebral que temos, o desespero e o pânico de jogarem com o nosso futuro sem nos darem muitas vezes oportunidade de escolha, de enriquecimento cultural, sem dogmas, com liberdade, sem preconceitos... Estou farto dos meus 'stores se apoiarem num determinado colega meu, porque a senhora vai à igreja e então quase que levamos com a catequese quando os 'stores pedem para ela dar exemplo de determinada obra que contenha algo de cariz religioso utilizando dogmas. Estou farto, mas atenção, não tenho nada contra católicos ou outras religiões que se limitam a fazer o que querem da vida sem prejudiar ou encher a cabeça às pessoas, tenho sim contra aquilo que interfere no meu conhecimento liberal sem mentiras e coisas que nunca foram provadas (leia-se surreais e utópicas), contra esses cérebrozinhos que me querem caçar a todo o momento e em quase todo lado metaforicamente, mas que querem...
Sinto-me tão incapacitado em relação a isso e toda a gente fala do "deixa estar...", se tudo fosse fácil...
Enfim... quase que termino e fico com a sensação de fome de algo, aguardo a decadência e o golpe final do ensino que merece uma revolução capaz de tornar a escola algo decente, e não... não é um mundo côr-de-rosa mas sim algo credível e que não seja baseado neste antro de decadência... Como eu gosto dos sorrisos.... que esses venham e sejam bem vindos, que sejam sorrisos de opinião e de amor vá...
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
domingo, 14 de fevereiro de 2010
António Arroio!
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